[icon name=”anchor” class=”” unprefixed_class=””] Domingo, dia 20 de novembro de 2016, foi um dia que nos rendeu muitos conhecimentos, histórias e História, alegrias e emoções. O 11º/ES Grupo Escoteiro do Mar Ilha de Vitória teve o prazer de ser convidado pela Marinha do Brasil para visitar o Cisne Branco.
O Cisne Branco é um veleiro brasileiro que veio ao Espírito Santo para visitação do público. Foi construído em apenas um ano e três meses na Holanda e chegou ao nosso país para a comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Foi lançado ao mar em Lisboa, no dia 9 de março de 2000, mesmo dia da partida da Armada de Pedro Álvares Cabral, para refazer a Rota do Descobrimento.
A primeira emoção começou no ponto de encontro que foi dentro da Capitania dos Portos, na Praça do Papa. Fomos recebidos por cordiais oficiais da Marinha, devidamente trajados com suas alvíssimas fardas. Passar pelo pátio com os bustos e a bandeira hasteada foi grandioso. Adentrar e conhecer um pouco do interior das instalações, nos causou admiração pela ordem militar. Continência!
Os pais participaram massivamente e ativamente! Ninguém quis perder essa oportunidade. Embarcamos nos ônibus da Capitania muito entusiasmados e logo nosso Grupo chegou ao Porto de Vitória. Que sensação entrarmos pelos portões por onde passam somente veículos autorizados e pararmos bem pertinho da embarcação, sem enfrentar a fila enorme que estava lá fora!
Chegando ao convés nos deparamos com inúmeras cordas e amarrações que sustentam as enormes velas do veleiro. Cada amarração tem um nome próprio. Informaram-nos que são 18 km de corda, manobrados manualmente pela tripulação por um verdadeiro trabalho em equipe. Mas não há gritaria no navio; há um apito para cada nome de corda e para manusear a corda correta, basta que o comandante toque o apito com o som correspondente. Todas essas cordas tem a finalidade de nivelar as velas para dar equilíbrio e velocidade ao veleiro.
Depois de explorarem cada cantinho do convés o gran-finale: tivemos a oportunidade de descer até o interior da embarcação. Conhecemos um local bonito e bem decorado, com sofazinhos, quadros e uma miniatura do veleiro. Logo após uma porta, um espaço enorme se abriu (incrível ter ali tanto espaço): a Praça D’ Armas. O local tem este nome pois, antigamente, era nesse lugar que ficavam guardadas as armas de bordo, inacessíveis à tripulação, mas necessárias para “manter a ordem”. Hoje não mais existem armas, mas têm grandes sofás, mesas, cadeiras, quadros, televisão, bar, pois é o local onde os oficiais fazem suas refeições, reuniões e se encontram nos momentos de lazer. Além do mobiliário, neste local também ficam expostos os troféus que a Marinha do Brasil coleciona com a participação dessa embarcação em eventos náuticos Nacionais e Internacionais, que é a sua missão.
O Cisne Branco exerce funções diplomáticas e de relações públicas. Também é conhecido como embaixada flutuante. Cisne Branco é também o nome do hino da Marinha do Brasil, a canção do marinheiro.
Tivemos uma atenção toda especial do Comandante Nascimento Jr. que prontamente respondeu as curiosidades dos Lobinhos, Escoteiros, Seniores, pais e chefes e, podem acreditar, não foram poucas! A integração do nosso Grupo ficou ainda mais fortalecida pela participação entusiasmada dos pais.
Descobrimos com essas perguntas que a tripulação é composta por 60 pessoas e que cada tripulante pode estar apenas por 2 anos. A cada ano, 50% da tripulação é reposta. Ainda não há mulheres voluntárias servindo no Cisne Branco (alguma jovem se habilita?). Todos são responsáveis pela limpeza e ordem do navio.
E ainda, soubemos que os objetos soltos são completamente amarrados quando o navio está navegando para não haver avarias e nem acidentes. Inclusive na cozinha, o fogão é especial, pois tem um encaixe perfeito para as panelas.
Também descobrimos que a água doce usada na embarcação é toda proveniente do mar! Por um processo de osmose inversa a água é dessalinizada e própria para uso na cozinha e inclusive para beber. Isso que é exemplo de sustentabilidade!
Voltamos todos para a Capitania do Portos e fomos liberados com aquela sensação gostosa de que valeu à pena!
Os lobinhos ainda permaneceram por algum tempo juntos na Capitania dos Portos antes da Chefe Sylvia dar “Caça Livre”. Eles participaram da cerimônia de promessa do lobinho Caio César que recebeu os certificado e o distintivo de promessa na presença de seus pais e da sua irmã Thamirys, que é monitora da Patrulha Jacaré da Tropa Escoteira.
Nossos agradecimentos sinceros à Capitânia dos Portos do Espírito Santo pelo convite e por nos proporcionar momentos de tantos aprendizados, especialmente ao Comandante Nascimento Jr. e a todos os oficiais que tão prontamente nos receberam. Também ao Diretor de Métodos Educativos João Gabriel por organizar a visita em tão pouco tempo. Foram momentos de muitos conhecimentos e novas experiências que contribuíram para a formação dos nossos jovens e para a integração dos Escoteiros do Ilha.
Cisne Branco e Escoteiros do Mar. Tudo a ver!
Redação: Graziela Oliveira e Larissa Gastmann, Edição: Bernardo Vasconcellos, Fotos: Estêvão Salles (@f64br)
Valeu o esforço de acordar mais cedo no domingo para poder conseguir participar, junto com minha família, desta visita ao Cisne Branco. Para nossos jovens e escotistas foi muito enriquecedor vivenciar esta experiência! Obrigada a todos pelos momentos especiais.