11/ES Grupo Escoteiro do Mar Ilha de Vitória

Grupo Escoteiro do Mar Ilha de Vitória

3º Moot Interamericano

Quando viramos escoteiros, não sabemos os caminhos que o espírito de ajudar o próximo vai nos levar. Entrando no movimento, não imaginaria participar de um evento com jovens de mais de 20 países unidos com esse propósito. Esse foi o 3º Moot Interamericano na região de Cusco, Peru, ocasião em que representei o 11º GEMar Ilha de Vitória.

O evento aconteceu numa fazenda no Vale Sagrado dos Incas, na província cusquenha de Calca, região com alta relevância histórica. Durou do dia 27 de julho até o dia 5 de de Agosto, contando com 10 dias de atividades diversas. Nesse período, vivenciamos aventuras, trilhas, workshops, turismo, festas temáticas e trabalho voluntário.

[icon name=”link” class=”” unprefixed_class=””] A Equipe Internacional

Meu primeiro contato com o espanhol foi na viagem e, por incrível que pareça, foi o menor dos problemas. Os participantes do Moot foram misturados em equipes de 10 pessoas, com o fim de integrar os países. Minha equipe era composta de três jovens da Argentina, dois do México, uma do Peru, uma do Chile, um da Bolívia e dois Brasileiros. Depois da necessidade de tomar decisões juntos, é impossível não sair do evento sabendo o mínimo de espanhol. Assim criei fortes amigos de vários cantos da América Latina com os quais sei que posso contar.

[icon name=”thumb-tack” class=”” unprefixed_class=””] Atividades no Campo

No campo também aconteceram várias atividades com o fim de promover a integração, entretenimento e desenvolvimento pessoal.

Participamos de workshops com assuntos desde técnicas úteis para o desenvolvimento profissional até demonstrações de peculiaridades da cultura andina. Além disso, foram apresentados projetos de cunho social em prática no Peru no módulo “Aldeia de Desenvolvimento”.

Todas as noites do evento foram animadas por festas no palco principal, onde vários temas foram explorados. Danças típicas dos países, cerimônias cusquenhas, músicas populares e o show de talentos tornaram a experiência do Moot intensa.

 

[icon name=”compass” class=”” unprefixed_class=””] Espírito de Aventura

Como em qualquer evento escoteiro, não poderiam faltar programações que desafiem a coragem e o físico dos jovens. Portanto tivemos duas programações que saciaram o desejo dos participantes em relação a aventura. Em um deles, fizemos uma trilha, e no outro experimentamos algum esporte radical.

Dentre várias opções, cada equipe internacional poderia escolher uma para cada um desses dias. Para a trilha, escolhemos o caminho de Pumamarca, em Ollantaytambo. Foi esta a última cidade Incas a ser conquistada por espanhóis. Tinha em seus arredores vários povoados, dentre eles, Pumamarca, que hoje é um sítio arqueológico rico e preservado. A trilha foi uma subida de intensidade moderada que durou cerca de uma hora.

Inicialmente, subimos a trilha observando as belas paisagens naturais das montanhas andinas. Em seguida, visitamos o sítio arqueológico de Pumamarca, em que pudemos ver ruínas de construções incas e alguns animais nativos. Por fim descemos por um caminho inca seguindo aquedutos construídos para as águas de nascentes chegarem aos setores agrícolas e cidades.

Os esportes escolhidos por minha equipe foram escalada e rapel. Destes, nunca havia realizado nenhum, e por isso senti uma certa resistência. Entretanto, quando me vi com todos os equipamentos de escalada preparados, acho que a adrenalina fez todo o trabalho. Não cheguei até o topo, mas ainda assim me senti orgulhoso, pois não me imaginava cumprindo nem metade do caminho. Depois descemos o mesmo paredão de rapel (que pra mim foi ainda mais amedrontador de início) porém igualmente gratificante ao final.

[icon name=”globe” class=”” unprefixed_class=””] Escoteiros do Mundo

Como escoteiros, é nosso dever ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião. No 3º Moot Interamericano viajei para duas comunidades peruanas para realizar diferentes trabalhos voluntários, a comunidade de Lluncha e a comunidade de Acchautta.

Em Lluncha, fomos convidados para auxiliar moradores locais na reforma de suas casas. Lá fomos separados por equipes para atendermos todas as casas da comunidade. Preparamos argila para a construção de abrigos de porquinhos da índia (que fazem parte da alimentação dos povos tradicionais peruanos) e carregamos pedras para as casas dos moradores. Minha equipe, após terminar os trabalhos, foi convidada para visitar um centro de convivência de idosos, que calorosamente nos ensinou uma dança tradicional cusquenha: o Huayno, que se assemelha ao Forró brasileiro por ser dançada em pares.

 

Em Acchautta, um povoado que se situava a mais de 4000 metros de altitude, confeccionamos jardineiras para enfeitar a comunidade local. As jardineiras foram feitas de pneus e latas, e recebemos ajuda das crianças locais para a realização do projeto.

[icon name=”gift” class=”” unprefixed_class=””] Uma experiência para a vida

Sou muito grato por toda a experiência vivida nesses 18 dias em que passei imerso em uma cultura totalmente diferente da minha. Digo isso pois criei amigos que nunca imaginaria, vivi várias dificuldades e momentos felizes, visitei lugares incríveis e me desafiei diversas vezes a quebrar minhas barreiras. Então, gostaria de deixar um conselho para você, lobinho, escoteiro, sênior, pioneiro ou chefe que esteja lendo esse relato pessoal: Aproveite o máximo que o escotismo pode oferecer, por que essa é uma experiência que definitivamente vai mudar a sua vida!


Redação: Hugo Hemerly; Edição:Hugo Hemerly; Revisão: Jodelson Sabino Foto: Hugo Hemerly e participantes do 3º Moot Interamericano 

Um comentário

  1. Albert Anthony Sholl

    Bravo Hugo! Realmente o Escotismo é capaz de proporcionar momentos e experiências que você levará na memória, por toa a sua vida!

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